quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Retrospectiva 2011


Pensar em 2011 é pensar num ano cheio de bênçãos e realizações...
Esse foi um ano que começou cheio de incertezas e dificuldades. Precisava tomar uma decisão que mudaria o rumo de minha vida. E isso nem sempre é tão fácil assim.
Quem disse que estou sozinho???
Sempre falo sobre a importância de encararmos as mudanças como aprendizado e degrau para nosso crescimento, mas também nunca falei que é algo fácil e que não exige nada de nós, muito pelo contrário, muitas vezes precisamos abdicar muito de nossas vidas... Começar do zero.
É o que aconteceu comigo esse ano...
Estava numa boa encerrando o ProJovem Trabalhador de Taboão da Serra. Existia uma pequena expectativa de continuar caso a AH conseguisse um novo contrato, mas isso não aconteceu. Claro que existia muitas outras oportunidades em São Paulo, mas o que eu queria era uma vida nova... Precisava sair de São Paulo. E o que sempre vinha a minha mente é que eu já tinha tentado isso a um ano atrás e não tinha dado muito certo.
Orei e senti que deveria mudar. Passei um bom tempo pensando sobre esse assunto até que decidi que deveria voltar para São José dos Campos.
Pois é... Eu fiz isso...
Cheguei aqui cheio de dúvidas, sem saber por onde começar. Estranho o mesmo Ser que há alguns meses estava ajudando muitos a definirem rumos para sua vida se encontrava numa situação dessas. Meu forte nesse momento foi a recepção ainda mais calorosa que recebi das pessoas da igreja (as poucas que conhecia) e de minha família, que mesmo não acreditando que dessa vez era definitivo me receberam de braços abertos.
Esse é o lugar que eu escolhi para morar
À princípio eu comecei a trabalhar com meu pai na loja dele. Uni o útil ao agradável já que ele estava precisando e eu também. Tinha lá minha economias, mas sabia que gastaria muito com passagem para as entrevistas da vida.
Fiz algumas entrevistas e ouvi o inusitado, você não pode trabalhar com a gente por ser de São Paulo e porque o seu currículo é muito bom. Seria tranquilo se tivesse ouvido isso só uma vez, mas foram três....
Eu vim para cá em Abril e em Junho começaram as inscrições para temporário nas escolas estaduais, até então algo inusitado para mim, visto que em 10 anos de experiência sempre trabalhei com empresas particulares e terceiro setor, em escolas públicas só realizei estágios, muitas horas, mas só isso.
Pensei que precisava de um começo e só então o recomeçar do zero passou a fazer sentido em minha vida.
Eles foram me buscar no Xenofonte...
Me inscrevi e chegou a hora de encarar as atribuições. Eram muitos professores à procura de algumas aulas para completar suas cargas ou até mesmo para começar. Participei apenas duas vezes, na segunda acabei por assumir as mesmas aulas que tinha almejado na semana anterior e que por algum motivo na minha vez não estavam mais lá. Talvez porque alguém as quis e depois desistiu ou apagaram por engano mesmo, enfim o que importa é que ali começou o que houve de melhor em meu ano... COMECEI a trabalhar na E.E. RUTH COUTINHO SOBREIRO...
O melhor presente que poderia ter ganhado. Uma escola com uma estrutura completa, bem melhor do que em muitas particulares em que trabalhei, a equipe é fenomenal e os alunos nota dez. Muitos hoje ainda me acompanham pelas redes sociais e acompanham o meu Blog.
Os meses em que passei ali foram tão marcantes em minha vida que tomei a decisão de que é ali que eu quero ficar no próximo ano. Sei que isso pode custar muito caro pra mim, mas sei que o Senhor irá me ajudar para que dê tudo certo.
Para que possam me entender:
Essas aulas eram muito alto astral...

  • Fui convidado para trabalhar com eles num projeto paralelo do Unibanco;
  • Os alunos da comissão de formatura poderiam escolher dois professores para acompanhá-los até uma pizzaria, eu fui um desses escolhidos;
  • Os alunos das 8ªs e 3ºs me escolheram para ser paraninfo deles na formatura;
  • Fui aplaudido em pé pelos alunos quando chamaram meu nome para compor a mesa de trabalhos da formatura.


O que mais eu poderia querer como educador?
O que eu quero é continuar o meu trabalho. E se ele está sendo aceito pela equipe gestora e pelos alunos significa que estou no caminho certo.
Dia inesquecível...
Valeu galera....
Acho que mudei o tanto que precisava. Fácil não foi.... 
Mas, gratificante está sendo.....

Que 2012 seja um ano de realizações para todos nós. Que possamos colher tudo o que plantamos esse em 2011. Que a alegria esteja em nossos corações em todos os dias.
Obrigado aos amigos que me acompanham que me deram muita força para superar as dificuldades....

Com a ajuda de cada um eu as venci...
Sempre que precisarem podem contar comigo, estarei sempre à disposição...

Amo todos vocês....


Luiz Vagner Rodrigues Lima

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Conheça mais sobre o autismo e a terapia com animais



O melhor tempo de minha vida foi enquanto eu estava trabalhando com autistas. Não consigo mensurar o quanto eu aprendi....

Atitude na Educação

É a vida é assim...
Mas não deveria...
Num desses momentos de ócio em que esperava para minha última aula do dia encontrei com o Fernando e novamente desenvolvemos uma conversa bastante rica, ao menos para mim, que sai dali com muitos pontos à refletir no que diz respeito à minha atuação docente e profissional, afinal de contas sou um Psicopedagogo.
Claro que começamos a falar sobre indisciplina, nosso assunto do último encontro. E logo ele me falou sobre um projeto que está desenvolvendo sobre ATITUDE.
Essa palavra sempre me leva a uma reflexão...
Lembro-me de vários treinamentos que tive com meus líderes e professores sobre esse assunto. Acho até que é por isso que eu sempre acabo por invadir os espaços de alguém que não tem uma postura diante de algo que precisa ser resolvido no momento. Hoje eu já consigo me controlar muito mais em relação a um passado bastante presente. Mas, nesses treinamentos sempre ouvia que precisava estar atento às necessidades do momento, que estar preparado significava não somente saber o que fazer, mas ajudar para que isso acontecesse.
Aí é que está o grande problema! Todos nós sabemos o que devemos fazer, porém acabamos deixando o tempo passar e quando damos conta de sua escassez o culpamos por nada ter sido realizado.
Todos aprendemos em algum momento  de nossa vida escolar ou social sobre as mudanças no padrão de vida que nossos jovens estão passando e o quanto isso tem afetado cada um deles na vida escolar. Os fatores são muitos, o que sempre é citado em rodas de conversas entre educadores é desestrutura familiar.
Observando a postura de muitos educadores durante toda minha pequeníssima experiência docente tenho notado que isso se transformou numa escória. Temos nos apoiado nisso para classificar nossos educandos como aluno problema ou aluno com dificuldade de aprendizado
Ouvindo o Fernando discursar sobre a questão da ATITUDE essas coisas me fizeram ainda mais sentido.
Para sermos caracterizados como pessoas com a tal ATITUDE precisamos agir, algo que indubitavelmente dá-nos muito trabalho, e consequentemente cansa, quebra nossa rotina, enfim... Dá trabalho.
Passei um bom tempo pensando em tudo o que conversamos e o que ficou ainda mais claro é que esse tempo que deixamos passar é nada mais, nada menos, do que um escudo que usamos para não nos cansarmos, tudo é mais fácil quando conseguimos colocar a culpa em alguém ou em algo, nesse caso nosso bode expiatório passa a ser o tempo.
Muitas vezes nós até sabemos o que fazer, mas nos é trabalhoso.
Muitas vezes nós aprendemos num momento e por não usarmos sempre esse conhecimento fica adormecido e se não temos alguém que nos ajude a acordá-lo acabamos deixando-o. E o fim dessa história é que nunca isso se tornará uma prática.
A isso chamo de POSTURA. Na realidade todos temos a obrigação de aprender algo e, já que nos foi ensinado deve ser bom, colocar em prática. Porém, infelizmente, muitas pessoas não conseguem proceder dessa maneira, e com isso acabam necessitando que outro alguém o ajude a acordar esse conhecimento que adormeceu. Fico muito temeroso com essa situação. Não podemos depender dos outros para nossa realização e sucesso. E se numa dessas o outro alguém não nos vem? O que acontece é que não produzimos e nos frustamos pela falta de realização e pelos insucessos da vida que nós mesmo acabamos por projetar.
O que realmente precisamos é da tal ATITUDE. Somente com ela tornaremo-nos proprietários de nossas realizações e sucessos.
Uma palavra que usamos muito e pouco compreendemos. Atitude é um estado de preparação mental para reagir de modo específico diante de algum estímulo. O que devemos ter sempre em mente é que essa reação pode ser favorável ou desfavorável. A dificuldade está em administrar nossas atitudes e procurar sempre fazer algo do qual não nos arrependamos no futuro. Devemos procurar ATITUDES positivas com relação a nossa vida e nosso trabalho para que tudo seja realização com sucesso...


ATITUDE RESUME TUDO...

sábado, 3 de dezembro de 2011

Educação e Indisciplina...

Um dia desses eu estava conversando com o pastor Fernando estudioso dos problemas escolares e aconselhador de professores. Logo que chegou ele me perguntou o que eu acho de tudo o que está acontecendo com a vida escolar. Me fazendo de desentendido perguntei a ele do que ele exatamente estava falando... E, minha presunção se confirmou. Ele estava realmente falando da indisciplina. Desde que terminei minha pós fiquei apenas na espreita desse assunto, apenas ouvindo o que os outros, inclusive ele, tinham a dizer. Por vários motivos, e o principal... Eu sou sempre muito incisivo e acabo gerando discussões. Mas dessa vez a pergunta foi direta demais, e como estávamos apenas nós dois na sala dos professores, comecei a expor minhas ideias sobre os assunto. Gostaria de, nessa postagem,  expor minha visão do que é, por que existe e como devemos trabalhar. Sei que não existe uma receita mágica para isso, mas sei também que a troca de experiências é sempre válida.



Quando indagado pensei por alguns instantes e falei que muitos desses problemas vem por não entendermos ou não darmos o real valor à progressão continuada. Entendo que a progressão continuada não é apenas promover um aluno que ainda não saiba ler ou escrever, mas sim que os professores que irão trabalhar com ele no próximo ano tenham o bom censo de ajudá-los a vencer essa dificuldade. Porém, e infelizmente, o que vemos são professores que não conseguem voltar-se alguns minutos de seu tempo, que deve ser muito precioso, para esses alunos com dificuldades de aprendizagem. Sei e reitero que isso não é nada fácil, mas quando assumimos o compromisso de sermos educadores essas situações já existiam e foram aceitas por todos nós. Mas todos devem estar pensando por que eu estou falando isso se meu assunto nessa postagem é indisciplina, não é?
Pois bem, esses alunos que possuem dificuldades, em sua maioria, acabam por não conseguirem acompanhar o que é ensinado a seus colegas tendem a começar a conversar, andar pela sala sem autorização, bagunçar. Embora isso seja algo que independe de sua vontade real num primeiro momento, até por que todos nós sabemos que nenhuma criança consegue ficar parada só prestando atenção num professor por um longo espaço de tempo, aliás, comprovado cientificamente. Enfim, por essas e muitas outras razões esses alunos começam a desenvolver focos de indisciplina, exatamente pela necessidade que possuem de preencher seu tempo ocioso para eles.
Tudo eu pensei quando o pastor Fernando me fez aquela pergunta. A resposta mais simples e clara que consegui dar foi essa, que nós não estamos conseguindo trabalhar com eles.
Pela primeira vez desde que terminei meus estudos estou lecionando em escola pública, até então só tinha feito estágio, e  que vejo é que os professores em sua maioria estão muito cansados, muitos aguardando o tempo de aposentadoria, e não conseguem buscar outros meios de trabalho com esses alunos.
Nessa escola que estou, pelo menos do fundamental II que tive a oportunidade de lecionar para todos os alunos por estar dando aulas de inglês, percebi que temos duas situações centrais com os alunos indisciplinados, primeiro eles possuem dificuldades de aprendizado e acabam se perdendo e não conseguindo acompanhar a turma e a segunda são os alunos que foram retidos em séries anteriores. O que mais me chamou a atenção é que essa situação empatou com as instituições particulares em que trabalhei.
O que aprendi com esse questionamento e com toda essa situação é que só veremos tudo isso mudar quando todos nos comprometermos a ajudar esses alunos fazendo um acompanhamento que exigirá de nós alguns minutos de atenção exclusiva a esses casos. Precisamos aprender que o conteúdo programático perde sua eficácia quando os alunos não o aprendem. Não adianta seguir uma agenda para inglês ver se nossos alunos não saber porque estamos falando aquilo tudo, não saberão nem ao menos do que estamos falando. Se queremos resultados reais precisamos aprender a EDUCAR e não apenas a ENSINAR. Os que acompanham meu trabalho sabem que sempre friso bastante a diferença entre ser EDUCADOR e PROFESSOR.


Luiz Vagner Lima

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

O futuro do Magistério Paulista

Espero que as mudanças nos deixem
trabalhar um pouco mais felizes...
Queridos colegas EDUCADORES de plantão.

Hoje saiu a seguinte declaração sobre o futuro do magistério paulista.
Estou postando em meu Blog para ajudar na divulgação. Espero que seja útil à todos.

Luiz Vagner Lima













Carta enviada aos Coordenadores, Diretores e Supervisores.



Prezado(a) Colega,

 Ao final da reunião da comissão de gestão da carreira ocorrida nesta quinta-feira, 1º de dezembro, o secretário da Edu­cação divulgou que a atribuição de aulas para 2012 ocorrerá nos dia 23 e 24 de janeiro (efetivos) e 27 a 31 de janeiro (não efetivos, OFAs-categoria “F” e contratados em caráter temporá­rio). A decisão é excepcional, válida para a próxima atribuição.
A APEOESP vem lutando pela revogação da Resolução 44 (que dividiu nossas férias em dois períodos de 15 dias em janeiro e julho) e pela realização da atribuição em dezem­bro. A SEE alegou inviabilidade da atribuição em dezembro deste ano e pretendia iniciar a atribuição em 17 de janeiro, quebrando as férias de janeiro pela metade. Após muita pressão da APEOESP e dos professores houve recuo da Secretaria, ficando o início da atribuição para 23 de janeiro. O secretário também assegurou que os professores terão 30 dias de descanso em julho, entre férias e recesso.
Houve compromisso público do secretário da Educação de viabilizar a atribuição de aulas para o ano letivo de 2013 em dezembro de 2012, permitindo, assim, a revogação da Resolução 44.
Jornada do piso será implementada
Na mesma reunião o secretário confirmou que implemen­tará para o ano letivo de 2012 a composição da jornada de trabalho prevista na lei do Piso Salarial Profissional Nacional (lei 11.738/08), que prevê no mínimo 1/3 para atividades extra­classe. Atualmente o Estado aplica apenas 17% da jornada em atividades fora da sala de aula. O secretário já havia manifestado a mesma posição na audiência pública ocorrida na Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, no dia 30/11.
A confirmação vem após a APEOESP conquistar na Justiça uma liminar que determina a imediata aplicação da lei e após o governador do Estado, Geraldo Alckmin, ter declarado que a lei será aplicada, com a contratação de mais professores, convocação de concursados e aumento de carga horária de professores que já se encontram na rede.
Vamos nos manter vigilantes quanto a essa questão e nos mobilizaremos para cobrar sua efetivação.
Redução da quarentena
O secretário da Educação informou ainda que está na Casa Civil, para envio à Assembleia Legislativa, projeto de lei que reduz a quarentena para os professores da categoria “O” e para os atuais categoria “L” de 200 dias para 30 dias.
Plano de carreira
Na reunião foram definidos os itens que poderão ser utilizados para a evolução funcional pela via não acadêmica, como parâmetros para a continuidade dos trabalhos do Grupo de Trabalho nº 2 da Comissão Paritária.
Os novos itens não substituirão, mas se somarão aos que atualmente já compõem a evolução funcional pela via não acadêmica, nos fatores “atualização”, “aperfeiçoamento” e “produção profissional”.
Na mesma reunião também foram votados os itens que deverão compor a evolução funcional pela via acadêmica. Tais itens dizem respeito à formação em nível de Pós-Gra­duação (Mestrado e Doutorado), que pode ser realizada não apenas na disciplina específica, mas na área da Educação.
Os trabalhos da comissão paritária serão retomados no final do mês de fevereiro de 2012, em calendário a ser definido e publicado.
Abraços,

Gerson Jorio